quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sabesp vai construir árvore de Natal na represa Guarapiranga


Árvore flutuante será coberta com materiais ecologicamente corretos; inauguração acontecerá no dia 5 de dezembro

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai participar do Natal Iluminado 2009, evento organizado pela prefeitura de São Paulo. A companhia será a responsável pela construção de uma gigante árvore flutuante represa Guarapiranga, a maior da Capital.

"O Natal que a Sabesp quer propor é o da solidariedade. O material utilizado na construção da árvore é ecologicamente correto e representa uma visão sustentável de nossas ações. E a sustentabilidade também é solidária, porque pensa nas gerações futuras", disse o superintendente de Comunicação, Adriano Stringhini.

A árvore terá 60 metros de altura e 23 metros de largura. Além disso, será toda coberta com materiais ecologicamente corretos. Sua inauguração acontecerá no dia 5 de dezembro. No dia 19, a partir das 20 horas, está prevista uma grande festa, com queima de fogos e o show do Padre Marcelo Rossi. O projeto da Sabesp prevê ainda que toda a Avenida Robert Kennedy seja decorada seguindo conceitos sustentáveis, como, por exemplo, a utilização de luz led e brotos de bambu.

A represa do Guarapiranga tem um significado especial para a Sabesp - é responsável pelo abastecimento de quase quatro milhões de habitantes. Porém, por conta do crescimento desordenado da população, o reservatório sofre com os lançamentos clandestinos de esgoto. Para proteger a Guarapiranga e outros importantes mananciais, o Governo de São Paulo, por meio da Sabesp, lançou o Programa Vida Nova. "Serão investidos R$ 1,4 bilhão. Mais de 30 favelas serão urbanizadas e cerca de 3 milhões de pessoas beneficiadas. O Vida Nova é a forma que encontramos para agradecer à Guarapiranga", afirmou Stringhin

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Lei específica da Guarapiranga

A Guarapiranga é considerada o manancial mais ameaçado da RMSP e foi o primeiro a ter a sua Lei Específica aprovada (Lei Estadual 12.233/06 e Decreto Estadual 51.686/07 ). Porém, dois anos se passaram e pouco se fez para que a Lei comece, efetivamente, a vigorar. A sua ausência fica mais latente no momento atual, em que os governos federal, estadual e municipais anunciam vultuosos investimentos na região.

A Lei Específica da Guarapiranga, por ser a primeira, evidencia todos os desafios de se implantar este novo marco legal, que é complexo e necessita do engajamento de todos os atores envolvidos para efetivamente funcionar. A Lei Específica da Guarapiranga, assim como as demais leis a serem criadas para outros mananciais, depende de um pacto entre os atores envolvidos. O modelo anterior definia mecanismos centralizados de comando e controle e não foi suficiente para conter a degradação dos mananciais da RMSP. A nova Lei prevê a gestão descentralizada, integrada e de responsabilidade compartilhada entre estado, municípios e sociedade civil. O sucesso desta Lei, no entanto, só será possível se o governo do estado, que tem posição de liderança neste processo, criar as condições para implementar definitivamente uma política de proteção e recuperação aos mananciais e o consumidor e moradores de áreas de mananciais conhecerem e o cumprimento da Lei.

Disque-Meio Ambiente 0800 0113560

Guarapiranga alcança maior nível para setembro em 26 anos


Depois de sucessivos anos em que o mês de setembro era sempre o ponto máximo da estiagem - quase sem chuva, os reservatórios que abastecem a Grande São Paulo costumavam registrar os níveis mais baixos de todo o ano -, em 2009 há o que comemorar. A Represa do Guarapiranga, na zona sul da capital paulista, e o Sistema Cantareira, que fornece água para toda a Região Metropolitana, bateram ontem recordes em quantidade de água armazenada. Levados em conta apenas os meses de setembro, a Guarapiranga atingiu o maior nível em 26 anos. Estava com 93,5% da capacidade - em 14 de setembro do ano passado, por exemplo, tinha 53,8%. O reservatório só não superou os 96% de setembro de 1983, ano em que choveu ainda mais. Segundo Hélio Luiz Castro, superintendente de Produção da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), empresa responsável pela represa, a precipitação foi mesmo anormal. Em todo o mês de setembro de 2008, o volume de chuva na represa foi de 18,4 milímetros. Neste ano, só até ontem, caíram 128,4 milímetros, ou sete vezes mais. "A chuva costuma carregar mais poluição difusa para a represa, mas estamos dando conta de recolher o lixo." Dois barcos especiais, com esteiras e pás para recolhimento e rolagem da sujeira, além de canhões de água para soltar o material preso à vegetação, fazem a limpeza da Guarapiranga desde meados deste ano. Em média, são retirados de 200 a 500 sacos de 100 litros cada um, todos os meses, das águas.