A Represa de Guarapiranga, na Zona Sul de São Paulo, tem sofrido com a proliferação de plantas aquáticas. Em alguns pontos não é possível nem ver a água, sinal do aumento da poluição. O problema é antigo, e ainda está sem solução.
As algas não são vistas a olho nu, mas o conjunto delas modifica a cor da água. À medida que se avança pela represa, é possível ver que as plantas estão muito espalhadas.
Há poucos dias, o excesso de plantas e algas estava concentrado no meio da represa e formava ilhas por diversos pontos. Era difícil de enxergar a água. O vento mudou bastante de direção desde quarta-feira (21), deixando a impressão que a água está livre de plantas. Mas não é isso que acontece.
Na barragem da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), há uma enorme concentração de espécies em uma margem de 150 metros. É onde fica a captação das águas para tratamento, e funcionários as tiram com pás - os barcos que seriam usados para retirar as plantas estão em manutenção, segundo os funcionários.
Ainda que algas e plantas não afetem a qualidade da água, como afirma a Sabesp, o conjunto aquático revela a quantidade de lixo que chega até a represa. O tapete verde que se forma rouba oxigênio da água e não permite a passagem de luz para os peixes. Quanto mais sujeira, mais as plantas se reproduzem e mais afetam a vida na represa.
A poucos quilômetros do local fica o córrego São José, que alimenta de água a represa. Cercado de construções irregulares e loteamentos clandestinos, ele recebe sem qualquer tratamento todo o esgoto das moradias.
De acordo com Hélio Luis Castro, superintendente da Sabesp, a situação das algas está sob controle – o problema são as plantas aquáticas. “A ideia é retirá-las por meio de barcos e redes, levá-las para margem, tirar da represa, deixar secando e levar para compostagem”, explicou. O trabalho deve começar no início de agosto.
O plano do governo é de até 2018 todo o esgoto que chega à represa seja coletado.
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